Aline Lacerda/Terra

A recuperação-relâmpago de Kate Middleton após o nascimento da filha, Charlotte Elizabeth Diana, trouxe à tona a discussão sobre os tipos de parto. Isso porque, dez horas depois de dar à luz a princesa de Cambridge, ela teve alta e posou para fotos com o marido, príncipe William, e a caçula no colo em frente ao hospital.

O tema é comumente debatido na mídias e, principalmente, nas redes sociais. Em junho de 2014, por exemplo, o canal norte-americano Lifetime causou polêmica ao anunciar o lançamento do reality show Born in the Wild, que mostrará mulheres que decidiram ter seus filhos próximas à natureza, sem assistência médica. A ideia não era nova e ficou conhecida devido ao sucesso de um vídeo que já teve mais de 24 milhões de visualizações em dois anos no qual a australiana Simone Surgeoner fazia o parto de sua 4ª filha na beira de um rio sem a ajuda de ninguém.

Mas a história de Simone, apesar de diferente, também não é inédita e começou depois de ela ter visto uma série de fotos feita pelo russo Vladimir Bagrianski, que registrou os quatro partos de sua mulher realizados no mar entre 1986 e 1992. “Ouvir minhas filhas brincando na água no riacho enquanto eu estava em trabalho de parto me fez sentir totalmente natural e também muito normal. A mulher acessa um conhecimento nato que tem de como dar à luz”, contou Simone em entrevista ao Terra.

Apesar das experiências descritas acima serem bem mais intensas que os milhares de nascimentos que ocorrem diariamente no mundo e até serem motivo de preocupação para os médicos, eles são partes de um movimento em prol da humanização dos partos e da mudança na maneira de enxergar a mulher grávida. “É permitir que a mulher reassuma o papel dela na natureza e ganhe nenê com menos calendário e menos bisturi. Quando o neném quiser vir, vem!”, explica o obstetra especialista no assunto, Dr. Alberto Jorge Guimarães.

Os números de partos normais vêm crescendo no País, mas o Brasil continua sendo um dos países do mundo com as maiores taxas de cesáreas. No entanto, o crescimento paralelo de partos realizados em domicílio e nas casas de parto têm preocupado os médicos, já que o Conselho Federal de Medicina não indica estes procedimentos. Siga com o infográfico e tire suas dúvidas sobre o assunto: