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Terapia pode ajudar a entender comportamento dissimulado

15 mai 2013 - 07h09
(atualizado às 07h09)
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A situação é comum nas escolas: os professores chamam os pais para conversar sobre o comportamento da criança e, ao descrever brigas ou que a criança é indisciplinada, os pais replicam que seu filho não é assim em casa. A cena se repete em consultórios de terapia, quando a criança se mostra de uma forma em frente aos psicólogos e de outra quando está em com o pais.

Os pais nunca devem elogiar os filhos considerando atitudes dissimuladas como sinal de esperteza
Os pais nunca devem elogiar os filhos considerando atitudes dissimuladas como sinal de esperteza
Foto: Shutterstock

As crianças se comportam assim por mágoa, frustração ou apenas para chamar atenção. “O melhor a fazer é ter uma conversa franca, perguntar o que incomoda a criança” diz a psicopedagoga clínica e institucional Maria Teresa Andion. Pode ser o caso de tentar conseguir alguma vantagem. Se comportam mal na escola, mas perto dos pais se mostram mais tranquilos para ganhar um brinquedo, por exemplo. “Pode ser também uma aluna excelente e em casa fazer birra, bater a porta”, comenta Maria Teresa. É o que Maria Teresa diz ser o falso self, quando a criança tem personalidades diferentes em vários momentos.

Um problema comum enfrentado por professores e coordenadores de escolas é quando os pais não acreditam que seus filhos se comportem mal e não concordam em dialogar com a criança ou mesmo com a escola. São situações em que uma terapia familiar é recomendada, pois se a própria família não reconhece o problema, a criança pode crescer com dupla personalidade, o que desencadeia problemas psicológicos mais graves. 

Não elogie

Outra reação que os pais devem evitar é incentivar a criança, elogiando-a como se atitudes dissimuladas fossem sinal de esperteza. “Até os nove anos, a criança age por imitação, mas depois dessa idade ela já tem consciência e juízo moral. A criança já começa a ter atitudes desse tipo pra conseguir vantagens”, explica Maria Teresa. É preciso ensinar que agir de forma dissimulada, apesar de parecer trazer vantagens momentâneas, não é sinal de perspicácia, mas de desonestidade. Cabe à escola ou outras pessoas que perceberem atitudes inadequadas da criança avisar os pais, para que a família possa trabalhar os motivos que levam a criança a fazer isso. 

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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