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Ter filho após os 35 anos é mais tranquilo emocionalmente

20 mar 2013 - 07h17
(atualizado às 07h17)
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A valorização da vida profissional bem como os avanços técnicos de reprodução humana são fatores que, atualmente, influenciam a tomada de decisão sobre o melhor momento para vivenciar a maternidade, levando cada vez mais mulheres a adiarem a gravidez. Ter um filho quando as condições de vida são ideais é sempre mais tranquilo emocionalmente, segundo especialistas.

Após os 35 anos, a mulher se encontra numa fase mais madura de vida, o que pode colaborar para a criação do filho
Após os 35 anos, a mulher se encontra numa fase mais madura de vida, o que pode colaborar para a criação do filho
Foto: Shutterstock

Apesar de a gestação tardia estar mais exposta a riscos de complicações maternas, ela traz muito mais vantagens que desvantagens. É o que afirma a psicóloga paulista Luciana Leis, que atuou na Clínica de Ginecologia do Hospital das Clínicas de São Paulo desenvolvendo trabalhos junto a pacientes que enfrentavam problemas de fertilidade. “A experiência da maternidade é algo que independe da idade da mulher, pois a capacidade dela de se vincular e cuidar de uma criança tem mais a ver com aspectos subjetivos de sua história de vida”, diz.

Valores em alta

Do ponto de vista emocional, a mulher se encontra em uma fase mais madura de vida após os 35 anos, o que pode colaborar para a criação do filho, tendo em vista que nesta fase ela tende a ser mais segura do que antes, por ter mais experiência e saber mais o que quer. “Além disso, numa idade mais avançada, a mulher costuma estar mais estável financeiramente e pode dispor de mais tempo para ficar com a criança, sem se preocupar tanto em sair de casa para ganhar dinheiro”, argumenta Luciana.

De acordo com a psicóloga, isso também vale para pensar a educação dos filhos, pois com uma vivência maior, a mãe poderá ensinar mais valores que aprendeu durante sua vida ao filho e isso só enriquecerá a formação deste como pessoa. “Diferente de uma mãe mais imatura e inexperiente, que poderá ter menos valores a agregar à criança”, comenta Luciana.

Contudo, a psicóloga perinatal Rosângele Monteiro destaca que na "família tardia" também encontramos pais inseguros e ansiosos, com medo de não darem conta, querendo ofertar uma vida completa, cheia de possibilidades aos filhos. “E então percebemos crianças ansiosas e irritadas com tantas expectativas que eles têm que dar conta. Muitas delas ainda carregam a tarefa de transformarem aquele casal em pais, havendo uma inversão de papéis”, afirma.

Mas também podemos ter "famílias tardias" seguras, maduras e conscientes, que criam seus filhos com autonomia e leveza. “Não podemos nos esquecer dos homens, pais que fazem parte dessa escolha, ou deveriam fazer”, lembra Rosângele.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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