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Nada de sementinhas ou cegonhas: fale a verdade sobre sexo

5 fev 2013 - 07h11
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Se falar de sexo ainda é tabu entre adultos, imagine em uma conversa com as crianças. A curiosidade dos pequenos, que desde os dois anos já percebem que o menino tem um corpo diferente do corpo da menina, surge naturalmente e é saudável, pois mostra que ele está atento a si e ao mundo ao redor. Constrangedor para muitos pais, o assunto é parte da educação e deve ser tratado com clareza e sinceridade.

Os pais precisam entender até onde a criança pode compreender sobre o tema
Os pais precisam entender até onde a criança pode compreender sobre o tema
Foto: Shutterstock

Confundir sexualidade com erotismo é comum quando se trata de lidar com a curiosidade na infância, de acordo com a psicóloga e especialista em sexualidade humana Ana Paula Veiga. Com o intuito de proteger os pequenos, alguns pais dizem que sexo não é assunto para criança ou inventam historinhas para driblar os pequenos, como a da cegonha ou da "sementinha que o papai plantou na mamãe". No entanto, descobrir sobre o corpo e sobre relações sexuais faz parte do desenvolvimento.

A partir dos três anos, as crianças começam a observar e a perguntar. Aprender sobre sexo é um processo educativo como qualquer outro, que acontece aos poucos. Não existe uma idade ideal para ter esse diálogo com o filho, pois ele mesmo dará indícios de que quer conversar sobre o tema. Como sugere a psicóloga e sexóloga Sandra Lima Vasques, até os seis anos, os pais devem apenas oferecer as informações que a criança questiona, dando respostas breves, simples e verdadeiras.

Aos poucos, novas informações podem ser dadas, com nomes mais complexos, como espermatozóides, óvulo e gravidez. É importante também explicar que criança não faz sexo, mas que um dia ela fará. Quando o pequeno sabe ler, livros infantis podem ajudar a ilustrar o tema. Mas se até os sete anos não surgirem perguntas, os pais podem iniciar o assunto aproveitando situações do dia a dia ou cenas na televisão. Já aos nove anos, a criança passa a exigir respostas mais elaboradas.

Na hora de falar sobre sexo, os pais precisam entender até onde a criança pode compreender sobre o tema. Para isso, recomenda-se que perguntem aos filhos o que eles já sabem, para então partir para um ponto novo. Explicar demais pode atropelar o interesse da criança, mas deve-se responder sobre o que ela tem curiosidade.

Independentemente do grau de entendimento do pequeno, a conversa deve deixar claro que sexo é uma forma de carinho. Quanto antes a educação sexual começar, adequada aos valores da família, mais informação a criança terá para ser um adulto sexualmente bem resolvido e sem tabus sobre o tema que faz parte da vida.

Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo
Fonte: Terra
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