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Maioria dos acidentes na creche acontece na pracinha

22 jan 2013 - 07h10
(atualizado às 07h10)
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Um lugar seguro incentiva o desenvolvimento da criança por meio de brincadeiras saudáveis e evita acidentes
Um lugar seguro incentiva o desenvolvimento da criança por meio de brincadeiras saudáveis e evita acidentes
Foto: Shutterstock
Ser criança implica brincadeiras, travessuras e, inevitavelmente, alguns arranhões pelo corpo. Todo lugar oferece riscos aos pequenos, inclusive a escola, vista por muitos pais como a continuação do lar. Por isso, mães e pais precisam levar em conta a segurança na hora de escolher a creche. A principal atenção deve ser em relação aos brinquedos da pracinha, lugar da escola em que mais acontecem acidentes.
 
Desde bem pequeno, o filho deve ser ensinado a proteger a si mesmo e aos outros com quem convive. Cabe aos pais orientá-los a, por exemplo, não empurrar o coleguinha durante as brincadeiras no playground. Além da orientação dos pais, é necessária uma estrutura adequada. Um lugar seguro incentiva o desenvolvimento da criança por meio de brincadeiras saudáveis e evita acidentes.
 
Crianças precisam de supervisão de adultos o tempo todo e de espaços com infraestrutura adequada para a sua idade. Tanto o espaço interno da escola quanto o pátio não podem ter muitos desníveis, destaca a coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françoia. Se houver escadas, devem ser sempre cercadas com redes ou telas, assim como todas as janelas. O corrimão e o mobiliário devem ser compatíveis com o tamanho dos pequenos, e os cantos das mesas devem ser arredondados. Banheiros também devem ser adaptados para as crianças.
 
Pisos que absorvem o impacto, como os de borracha, areia e grama, diminuem a chance de machucados causados por quedas e empurrões. Algumas creches oferecem um plus, como paredes almofadadas nos ambientes para os menores de três anos. 
 
O ideal é que as pracinhas e seus brinquedos sigam as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A recomendação é de que os brinquedos tenham, no máximo, 1m50cm. O parquinho deve ser separado em áreas conforme a faixa etária das crianças. Brinquedos de madeira devem ter acabamentos lisos, sem lascas ou felpas, e as roscas de parafusos salientes devem ter acabamentos de proteção.
 
Segundo o ortopedista pediátrico Paulo Bertol, a altura dos brinquedos como escadinhas, gangorras e barras suspensas, associada ao piso não adequado, são o principal motivo das quedas na pracinha. "Além das crianças estarem mais ousadas e não terem habilidade suficiente para se segurar, a má infraestrutura das pracinhas é reponsável pelas quedas", explica o ortopedista. O especialista opera semanalmente pelo menos uma criança que caiu de brinquedos inadequados, e a queda costuma resultar em fraturas de cotovelo, punho ou antebraço.
 
No início de 2009, em uma escola de Joinville (SC), uma criança de cinco anos morreu quando a trave de madeira do balanço em que brincava caiu sobre ela. Esse caso, associado a altos números de acidentes em parquinhos, levou à criação do projeto de lei 138/2011, que quer obrigar as escolas de educação infantil e ensino fundamental das redes pública e privada a seguirem as normas de segurança da ABNT para os playgrounds. O projeto prevê que as pracinhas sejam vistoriadas anualmente e que as escolas invistam em manutenção preventiva, sob pena de multa. O projeto aguarda parecer na Câmara dos Deputados antes de seguir ao Senado onde, se aprovado, poderá virar lei. 
 
 
Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo
Fonte: Terra
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