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Feijão e arroz são essenciais na dieta infantil

3 jan 2013 - 07h47
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O feijão com arroz é um prato fundamental na alimentação infantil
O feijão com arroz é um prato fundamental na alimentação infantil
Foto: Shutterstock
Não adianta ceder às facilidades da vida moderna, uma alimentação saudável e completa é essencial para o desenvolvimento infantil. Dentro dessa lógica, industrializados precisam ser presença ocasional nos pratos. Em contrapartida, verduras, legumes, leguminosas, frutas, cereais e carnes magras devem fazer parte do cotidiano.
 
Em meio a tantas opções benéficas para a saúde, destaca-se uma dupla mais do que tradicional: o feijão com arroz. Segundo a nutricionista infantil Ana Paula Rodrigues, os dois alimentos se completam. Juntos, proporcionam a ingestão de aminoácidos, vitaminas do complexo B e sais mineiras como potássio, ferro, fósforo, cálcio, cobre, zinco e magnésio. No entanto, ingerir somente feijão com arroz não basta. É importantíssimo que outras opções nutritivas sejam consumidas.
 
Para a especialista, dois nutrientes obrigatórios andam em falta na dieta das crianças: o ferro e o cálcio. Essencial para a fabricação das células do sangue e para o transporte de oxigênio para as células, o ferro é encontrado em grande quantidade em cereais e algumas frutas, como morango. Já o segundo nutriente é fundamental para o crescimento dos ossos e dos dentes e está presente no leite e nas folhas verdes. Uma dica é preparar um suco de abacaxi ou laranja com alguma verdura, como hortelã ou couve.
 
As gorduras também precisam ter um lugar especial na dieta. No entanto, deve-se evitar ao máximo as gorduras trans e saturadas, optando por carnes magras, como frango e peixe. A ingestão desses alimentos é importante para a reparação dos tecidos.
 
Pratos coloridos atraem as crianças
Identificar os alimentos importantes para a saúde não é o mais difícil. Em geral, o maior problema é ensinar as crianças a apreciá-los. Segundo a nutricionista, o principal incentivo para comer bem é o exemplo da família. Por isso, é necessário que toda a casa readapte o cardápio. Caso contrário, os pequenos podem entender as refeições como imposições. Alimentar-se com os filhos também é benéfico porque estimula a sociabilidade e a desenvoltura deles.
 
Outro fator importante é a apresentação dos pratos, que devem ser coloridos e com aparência agradável. De acordo a especialista, as crianças se interessam muito pelos aspectos visuais. Portanto, um prato bonito é um primeiro passo para despertar a atenção. Além disso, é fundamental disponibilizar as comidas em diversas formas para, assim, descobrir o que mais agrada aos pequenos. Isto é, oferecer, por exemplo, beterraba crua, cozida, em suco etc. Afinal, não se deve restringir o leque de alimentos se há diversas possibilidades a se explorar.
 
Ana Paula indica também algumas atividades em família ou na escola que podem despertar maior interesse por vegetais e afins. Uma sugestão para famílias com espaço é fazer uma pequena horta, pois conhecer o processo de desenvolvimento de um vegetal desperta a curiosidade infantil. É importante, no entanto, escolher opções de rápido crescimento porque as crianças, em geral, têm pouca tolerância para a espera. Uma alternativa interessante é o rabanete, que está pronto para ser colhido após cerca de 40 dias. Outra dica é levar os filhos ao supermercado e à feira e mostrá-los a área de vegetais e legumes, indicando como podem ser uma fonte interessante de energia. Por fim, também pode ser valioso cozinhar com eles.
 
Em contrapartida, duas posturas devem ser evitadas: obrigar a criança a comer ou chantageá-la. Segundo a médica, a coerção não estimula a ingestão do alimento e, pior, provoca rejeição. Além disso, fazer acordos de que os pequenos vão ganhar alguma coisa ou ficar de castigo de acordo com o comportamento em mesa lhes ensina valores equivocados.
 
Fazer as refeições em horários fixos é importante
O ideal é que os pequenos façam de cinco a seis refeições por dia. De acordo com Ana Paula, os horários devem ser fixos, sem muitas alterações. A hora ideal para almoçar é, por exemplo, entre 11h e 13h, enquanto o jantar deve ocorrer até as 19h. No entanto, não há problema em atrasar a refeição, desde que isso não seja muito frequente.
 
Ainda segundo a especialista, é fundamental que os responsáveis incentivem os filhos a se alimentarem sozinhos. O ideal é que as crianças com cerca de três anos já aprendam a preparar o próprio sanduíche, por exemplo. É importante, no entanto, que os pais tenham paciência, pois eventuais "acidentes" e bagunças podem ocorrer.
 
Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo
Fonte: Terra
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