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Distraia a criança com brincadeiras em vez de dar o tablet

25 jan 2013 - 07h10
(atualizado às 07h10)
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Os pais, principais referências na vida dos pequenos, são responsáveis por mediar a relação entre a criança e o tablet
Os pais, principais referências na vida dos pequenos, são responsáveis por mediar a relação entre a criança e o tablet
Foto: Shutterstock
Se você tem uma criança em casa para a qual mexer em um tablet ou em um celular parece natural, provavelmente já ouviu alguém falar que "ele nasceu sabendo". Mas, segundo especialistas, não é bem assim. O uso de tecnologias na vida das crianças é incentivado pelo meio em que ela vive, e os pais, principais referências para os pequenos, são responsáveis por mediar essa relação. Aplicativos e filmes no dispositivo podem ser educativos, porém não substituem o papel do relacionamento social na aprendizagem. 
 
Como explica a psicóloga Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP, aplicativos adequados para a idade de uma criança podem ajudar a desenvolver a concentração, o raciocínio lógico e a alfabetização, desde que os pais estejam junto e acompanhem o jogo. Tal atividade pode servir como distração, mas pode ocupar, no máximo, duas horas do dia de uma criança. "Jogos são saudáveis enquanto atividade de entretenimento em momentos específicos do dia, mas é brincando que a criança desenvolve habilidades sociais", explica Luciana. 
 
É por meio da interação social com outros adultos e crianças que os pequenos aprendem a ter noções de limites, a conviver, compartilhar espaço e se colocar no lugar do outro. Além disso, brincadeiras proporcionam fantasias e a criação de soluções criativas. Assim como ler um livro, usar o tablet é uma atividade solitária, que pode estar presente na vida da criança, mas não deve impedí-la de estar com pessoas em outros momentos. A falta de convívio com a família e os amigos torna a criança um adulto com dificuldades de se relacionar, egoísta e imediatista. 
 
Presidente do Núcleo de Estudos em Saúde Mental e Psicanálise das Configurações Vinculares (Nesme), a psicóloga Carla Lam explica que é comum o uso da tecnologia pelas crianças causar uma falsa impressão de que elas são independentes. "Os pais criam uma expectativa de que ela tem autonomia de escolhas que na vida real ela não tem", esclarece a psicóloga. 
 
Alguns pais usam o tablet como uma forma de distrair os pequenos em lugares como restaurantes, em que as crianças normalmente ficam inquietas. Na opinião das especialistas, uma forma mais saudável de distrair as crianças é criar brincadeiras relacionadas ao ambiente, contar histórias e envolver-se com ela. Por pouco tempo, enquanto os pais comem, usar o tablet não traz grandes prejuizos à criança, mas o ideal é procurar frequentar lugares apropriados para ela. Um encontro entre o mundo infantil e o mundo adulto faz os pais acompanharem o desenvolvimento do filho e a criança se sentir mais incluída na família. 
Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo
Fonte: Terra
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