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Dieta do bebê deve conter novos alimentos após seis meses

18 jan 2013 - 07h10
(atualizado às 07h10)
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Leite não materno deve ser evitado nos doze primeiros meses de vida do bebê
Leite não materno deve ser evitado nos doze primeiros meses de vida do bebê
Foto: Shutterstock
Do seio da mãe é fornecido o alimento mais importante para a saúde do recém-nascido. Além de dispor de diversos nutrientes e hidratar, o leite materno contém ainda células de defesa, que auxiliam no desenvolvimento e na imunidade. Ele é um líquido tão poderoso que não precisa ser complementado até a criança atingir os seis meses de idade. Depois disso, outros alimentos devem ser adicionados à dieta, mas o seu consumo é indicado até os dois anos de idade - ou até mais, se for possível.
 
De acordo com dados do Unicef (Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância, em inglês) relativos a países em desenvolvimento, o aleitamento materno até o sexto mês de vida pode evitar anualmente mais de 1,3 milhão de mortes de crianças menores de cinco anos de idade. Amamentar o bebê imediatamente após o nascimento pode reduzir em 22% a mortalidade neonatal, referente até o 28º dia de vida.
 
"O leite materno contém todos as vitaminas, os minerais, as gorduras e os demais nutrientes essenciais para a criança de até seis meses", afirma a nutricionista funcional da clínica Espaço Armozen, Diana Oliveira Jesoirens. Para a especialista, não há necessidade de complementar a alimentação do bebê dentro dessa faixa etária, exceto para casos muito específicos. De acordo com a também nutricionista funcional Cristiane Cerda, outra vantagem do leite materno é que ele é absorvido pelo organismo facilmente, promovendo uma digestão adequada para o sistema do bebê, que ainda está em desenvolvimento.
 
Segundo Diana, um desmame anterior aos seis meses pode não ocasionar problemas para o desenvolvimento do bebê. No entanto, a criança terá uma imunidade inferior às crianças que continuaram ingerindo o leite materno. Nos casos em que o aleitamento não pode prosseguir, a alternativa é fornecer fórmulas infantis para os pequenos, mas isso só deve ser feito sob prescrição médica. Já o leite de vaca, cabra e afins não podem integrar a dieta antes dos doze meses de idade. De acordo com Cristiane, a substância de origem não materna tem uma composição forte demais para o organismo ainda muito jovem do bebê.
 
Frutas são mais indicadas inicialmente
Após seis meses do nascimento, os bebês estão pesando praticamente o dobro, gastam muito mais energia e, aos poucos, ganham os primeiros dentinhos. Mudanças tão expressivas requerem uma dieta mais completa, com a adição de novos alimentos.
 
Primeiramente são apresentadas as frutas, pois são mais facilmente aceitas pelos bebês. Segundo Diana, isso é indicado porque os pequenos já estão familiarizados com o gosto do leite, que também é doce. De início, são fornecidos sucos e, aos poucos, podem ser acrescentados alimentos pastosos, como frutas esmagadas e papinhas doces. Depois de cerca de 15 dias, os pais podem começar a fornecer também papinhas e caldos salgados.
 
A apresentação de novos alimentos deve ser feita aos poucos, com uma novidade de cada vez. Isso é importante para a criança se acostumar e identificar diferentes sabores. Em relação a frutas e legumes, não há contraindicações. Carnes também podem ser dadas, de forma moída, desfiada ou em caldo natural - proveniente do cozimento, não os industrializados. Somente a gema do ovo deve ser consumida, pois a clara pode causar reações alérgicas.
 
As papinhas vendidas em lojas e supermercados também podem integrar a dieta. No entanto, Diana considera mais saudável a alimentação natural, mesmo que as opções prontas em geral não contenham conservantes e corantes. Isso porque as opções industrializadas têm menos nutrientes já que não estão frescas. Outra fator que os responsáveis precisam observar é a consistência do alimento, que não deve ser homogênea. O bebê precisa começar a se acostumar com as diferentes texturas das comidas, o que não ocorre quando se bate a papinha no liquidificador.
 
De acordo com o crescimento da criança e o desenvolvimento da dentição, alimentos mais sólidos podem ser adicionados aos poucos. Por volta dos dois anos, já é possível integrá-la à dieta da casa, se essa for saudável. Aos poucos também é interessante começar a ensiná-las a utilizar copos e talheres. O intervalo ideal entre as refeições é de três horas.
 
Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo
Fonte: Terra
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