Cinema com bebês conquista capitais e foca agora no interior
29 jan
2013
- 07h10
(atualizado às 07h10)
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Trocar fralda, alimentar, dar banho, levar para passear. Em meio à tanta correria, fica difícil para as mamães reservarem um tempo para relaxar. O lazer, então, fica em segundo plano. Já imaginou entrar no cinema com um bebê? E se ele chorar? O que fazer? Receios desses tipos são normais, mas não são mais necessários em muitos locais pelo Brasil. Vinte e duas cidades já contam com sessões dedicadas a esse público, chamadas de CineMaterna, e a ideia do projeto é ampliar essa lista.
Criado por um grupo de mães de São Paulo, o CineMaterna é uma organização não governamental que promove exibições cinematográficas para mulheres com filhos de até 18 meses. A ideia é proporcionar um ambiente agradável e adequadado para os bebês, ao mesmo tempo que seus pais possam usufruir de um momento de descontração. Por isso, os filmes são destinados, em geral, para o público adultos e podem ser escolhidos pelas próprias participantes, por meio de enquetes online. Em São Paulo, por exemplo, serão exibidos nesta semana a comédia nacional De Pernas Pro Ar 2 e os dramas chileno e austríaco No e Amor.
As sessões ocorrem no início da tarde e, ao menos, uma vez por mês, dependendo da cidade. Em locais como Rio de Janeiro e São Paulo, a periodicidade é maior, em geral, três vezes por semana. As exibições são realizadas em 22 municípios distribuídos por 13 estados. No entanto, há planos de expansão. Segundo Taís Viana, uma das fundadoras da iniciativa, Blumenau (SC) contará com sessões a partir de março. Aliás, um dos principais objetivos para esse ano é integrar localidades da Região Norte e do interior dos estados que já contam com o CineMaterna. Somente no ano passado, 2,8 mil pessoas participaram das sessões - e 1,1 mil deles eram bebês. Desde a criação, em 2008, o CineMaterna já contou com mais de 100 mil espectadores.
Espaço é adaptado para receber o bebê
Para a tradutora Mariana Kater-Calabró, as experiências que teve no CineMaterna foram ótimas para relaxar, sair de casa e aproveitar um ambiente agradável. Além disso, tiveram a grande vantagem de poderem ter sido divididas com o filho Chico. Na primeira gravidez, não teve coragem de ir a uma sessão por medo, mas hoje aproveita muito a iniciativa. A agente de turismo Sharon Werblowsky concorda e acrescenta que, se tiver outro filho, com certeza voltará a frequentar as sessões.
Para participar, basta comprar o ingresso na bilheteria. O preço tem o mesmo do que uma sessão comum, inclusive espectadores sem bebês também podem participar. As mamães não precisam ir somente com os pequenos, podem levar quem quiser. A diferença é que elas serão a maioria, além de que o espaço é todo adaptado para receber os nenês, sem incomodá-los.
O volume e o ar condicionado são reduzidos, e o ambiente é levemente iluminado. Além disso, há trocadores disponíveis para uso dentro das salas, assim como tapetes dispostos em frente à primeira fila. Se a criança se agitar e não quiser mamar, o indicado é que as mães saiam para tomar um ar. Brinquedos podem ser levados, desde que não tenham recursos de luz ou som. Fotos para recordação também são permitidas desde que sejam tiradas sem flash.
Depois das sessões, as mães se reúnem em um café pré-determinado para bater um papo. Não há convidados especiais ou algum tipo de palestra. De acordo com Taís, a ideia é disponibilizar um espaço em que as mães possam conversar "até cansar sobre bebês". "Em outros ambientes, acham chato quem só fala de bebê. No nosso bate-papo, as mães podem passar horas só falando isso", acrescenta.
Fonte: Cartola - Agência de Conteúdo
Fonte: Terra