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Aparelhos ortodônticos podem ajudar seu filho a sorrir mais

13 mar 2013 - 07h02
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Algum tempo atrás, usar aparelho podia fazer com que a criança fosse alvo de piadas por parte dos colegas, mas, felizmente, essa realidade mudou. Hoje, usar aparelho dentário na infância é bastante comum e encarado com naturalidade pela garotada. Prova disso é a existência de um desenho animado em que a heroína usa aparelho dentário. Sorriso Metálico (“Braceface”, no original), produzido pela empresa canadense Nelvana, conta a história de Sharon Spitz, uma pré-adolescente que tem sua vida mudada ao colocar um aparelho dentário que lhe confere poderes especiais. Na vida real, os aparelhos podem não transformar as crianças em super-heróis, mas estão cada vez mais populares.

Aparelhos móveis são mais indicados para crianças menores
Aparelhos móveis são mais indicados para crianças menores
Foto: Shutterstock

Segundo a Dra. Luciana Arcas, consultora científica da Associação Brasileira de Odontologia, os principais causadores da necessidade de uso de aparelhos ortodônticos na infância são hábitos como chupar dedo, chupeta ou roer unhas por longos períodos, além de problemas respiratórios, que podem levar a deformidades ósseas e posicionamento dentário inadequado. “Há também deficiências ósseas, muitas vezes hereditárias, que podem ser devidamente tratadas se houver intervenção precoce”, conta a especialista.

A hora certa para iniciar o tratamento

Quando o assunto é o uso de aparelho na infância, provavelmente a dúvida mais comum entre os pais é se não é muito cedo para intervir. Muitos acreditam que não se deve iniciar o tratamento até que todos os dentes de leite (decíduos) já tenham sido substituídos por permanentes, mas o presidente da Sociedade Brasileira de Ortodontia, Dr. Marco Antônio Schroeder, esclarece que há tratamentos que produzem resultados melhores se realizados logo cedo. Segundo ele, a primeira consulta para avaliação deve ocorrer por volta dos sete anos de idade. Neste momento, pode ser detectado algum problema que precise ser tratado antes de se completar o desenvolvimento total dos ossos da face e da oclusão (termo relacionado à arcada dentária e à mordida), alcançando resultados que não seriam possíveis após o término da fase de crescimento.

Apesar de o tratamento em idade precoce produzir modificações significativas, para a maioria das crianças, uma consulta de avaliação é suficiente para determinar se há a necessidade e, se houver, a época adequada para um tratamento ortodôntico. Por isso, os especialistas alertam para o fato de que a decisão pela intervenção deve partir sempre do ortodontista que atende a criança. “Qualquer movimentação dentária proposta nesse período precisa ser feita com muito cuidado para não comprometer a formação das raízes e a erupção dos dentes permanentes”, completa Marco Antônio.

A Dra. Luciana Arcas explica que há diferentes tipos de aparelhos ortodônticos. Os mais usados por crianças menores são os aparelhos preventivos e interceptativos que, como o nome já diz, previnem e/ou interceptam problemas dentais ou ósseos. Já os aparelhos fixos, com braquetes, salvo alguns casos específicos, são indicados no início da dentição permanente, quando todos os dentes de leite caíram. Segundo Luciana, um motivo para esta indicação é o tempo de permanência do aparelho na boca, que deve ser o menor possível, já que este dificulta a higienização, ao mesmo tempo em que aumenta a superfície disponível para a retenção de biofilme (antigamente chamado placa bacteriana). Além disso, ela explica que “somente quando todos os dentes permanentes estão na boca é possível um ‘engrenamento’ para que fiquem estáveis”.

Geralmente, as crianças apresentam boa adaptação aos aparelhos propostos, sendo normal alguma dificuldade para falar e se alimentar nos primeiros dias. Um dos principais problemas encontrados no tratamento desses pacientes é a higienizacão, que exige paciência por parte dos pais e da criança. Segundo o Dr. Marco Antônio, “os aparelhos retêm maior quantidade de alimentos, por isso os responsáveis precisam ficar atentos porque as crianças de até 10 anos ainda não têm coordenação motora capaz de realizar uma boa higienização”. A Dra. Luciana lembra também da responsabilidade que os pequenos devem ter para usar os aparelhos móveis. Ela comenta que “muitos perdem o aparelho na escola, ou então quebram em casa brincando ou guardando inadequadamente”.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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