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Alergia e intolerância alimentar têm tratamentos distintos

12 mar 2013 - 07h03
(atualizado às 07h03)
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Ensinar os pequenos a se alimentarem de forma correta é um desafio ainda mais complicado quando os pais precisam respeitar certas restrições alimentares, que podem surgir tanto em bebês pequenos como em crianças um pouco maiores. Antes de tudo, é importante saber a diferença entre alergias alimentares e intolerâncias. Apesar de alguns sintomas serem parecidos, os processos que ocorrem no organismo são bem diferentes. 

Cabe aos pais controlar e garantir uma dieta saudável aos filhos com restrições alimentares
Cabe aos pais controlar e garantir uma dieta saudável aos filhos com restrições alimentares
Foto: Shutterstock

A alergia é a resposta do sistema imunológico a proteínas presentes nos alimentos. Já a intolerância é um problema na digestão do alimento, normalmente causada quando o corpo não produz as enzimas necessárias para digerir alimentos específicos, como a lactase (nos casos de intolerantes à lactose). “As intolerâncias são mais raras em crianças pequenas. A rejeição à lactose, por exemplo, é mais comum a partir dos cinco anos e na idade adulta. Conforme a gente vai crescendo, a produção da enzima vai caindo”, explica a especialista em alergias alimentares Renata Cocco. Já as alergias são mais recorrentes em crianças. Na infância, as mais comuns são a alergia a ovo, leite, amendoim, frutos do mar, soja e trigo.

Embora ambas apresentem sintomas semelhantes, como diarreia, vômito e mal-estar, existem algumas manifestações da doença que diferenciam a alergia da intolerância. Urticárias, inchaço da boca e do nariz, eczemas nas dobras do cotovelo e do joelho são sinais de alergia. Em casos mais graves ocorre o choque anafilático, que pode levar ao comprometimento cardiovascular e respiratório e até à morte. Existem alguns casos de “alergia tardia”, quando os sintomas surgem mais tarde, e a criança apresenta uma altura e peso abaixo da média por causa da inflamação da mucosa intestinal e da falta de absorção dos nutrientes. É preciso cuidado para não confundir sintomas de alergia tardia com os de intolerância.

O processo para diagnosticar as alergias normalmente leva tempo e deve ser feito por um médico experiente. Segundo a doutora Renata Cocco, quatro aspectos devem ser analisados: a história clínica da criança, exames laboratoriais - em alguns casos - , uma dieta de restrição e o teste de provocação oral. “A única forma que confirma mesmo a alergia é esse teste, em que o médico oferece o alimento à criança em um ambiente controlado, caso ocorra qualquer problema, e observa a manifestação de sintomas”, explica Renata.

Alguns casos de alergia podem desaparecer conforme a criança vai crescendo. Certas intolerâncias, como à lactose, podem ser tratadas com enzimas aplicadas, mas, em outras situações, como intolerância ao glúten, o tratamento, assim como nos casos de alergia, é a restrição total do alimento. No caso das crianças, é preciso cuidado e acompanhamento médico para a substituição correta dos alimentos restritos por outros com os mesmos nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. Os pais devem tomar cuidado e observar bem as informações contidas nos rótulos do alimento para saber se ele contém alguma substância restrita à criança. 

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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