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Além de munir de anticorpos, amamentação aproxima mãe e bebê

22 mar 2013 - 07h13
(atualizado às 07h13)
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O leite materno tem todos os nutrientes para o bebê se desenvolver de maneira saudável. Tanto que nos seis primeiros meses de vida, ele não precisa de nenhum outro alimento, nem água. A criança que mama no peito adoece menos e fica mais protegida, além de ter menos risco de desenvolver hipertensão, diabetes e obesidade. Mas tão importante quanto este alimento único, segundo especialistas, é o vínculo afetivo entre mãe e bebê durante a amamentação.

Segundo especialistas, é possível ter crescimento saudável sem o leite materno, mas o melhor é que o bebê seja amamentado
Segundo especialistas, é possível ter crescimento saudável sem o leite materno, mas o melhor é que o bebê seja amamentado
Foto: Shutterstock

O Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde recomendam a amamentação exclusiva, isto é, somente leite materno até o sexto mês e após essa idade, a introdução da alimentação e a continuação da amamentação até dois anos ou mais. “Acreditamos que esta decisão tenha que ser da mãe e do bebê e que amamentação continue enquanto for boa e prazerosa para ambos, e com apoio à decisão da mãe quando esta quer desmamar seu bebê após o período recomendado”, afirma Andrea Santos, especialista em aleitamento materno pelo International Board Certified Lactation Consultants e avaliadora da Iniciativa Hospital Amigo da Criança pelo Ministério da Saúde .

Continuação até 2 anos

Nutrólogo e professor associado ao Departamento de Pediatria da Escola Paulista de Medicina Unifesp, Mauro Fisberg explica que o aleitamento materno exclusivo tem um tempo ideal de seis meses. Após essa idade, a introdução da alimentação e a continuação da amamentação é recomendada até dois anos. “Estabelecer o tempo do aleitamento materno é como estabelecer o tempo de um casamento. Tem que estar bem para os dois lados. No momento que um dos lados para de se sentir bem com a situação, é hora de parar”, compara.

De acordo com Andrea, o leite da mãe é único e especial, adequado a todas as necessidades nutricionais e imunológicas do seu bebê. “O leite humano é um fluído vivo que protege contra infecções. Qualquer outro tipo de leite não oferece essa proteção. O leite humano também possui ácidos graxos que auxiliam no desenvolvimento cerebral, e crianças amamentadas por longo período apresentam melhores índices em testes de inteligência”, explica.

“Quanto mais tempo tiver de aleitamento materno, mais diferenças se terá no sistema imunológico e no sistema cognitivo. Mas essa diferença vale se formos comparar um bebê que foi amamentado durante um mês com um que mamou até os seis meses. A diferença de uma amamentação de seis meses até dois anos não é grande”, assegura Fisberg. O nutrólogo também acredita que a amamentação proporciona calor, contato e proximidade entre mãe e filho, que podem influenciar ainda no desenvolvimento físico e emocional da criança.

Apesar de ser um alimento único, ambos concordam que é possível que o bebê tenha um crescimento saudável sem o leite materno. É muito comum as mulheres terem algum tipo de dificuldade para amamentar no início, principalmente quando é o primeiro filho, mas com apoio e ajuda de profissionais especializados é possível superar e conseguir uma amamentação com sucesso. “Mães que fazem alimentação artificial também podem ter uma relação prazerosa e afetiva no momento da mamada com seu filho, muito colo é fundamental”, complementa Andrea.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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