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Saiba como mães de primeira viagem devem lidar com a culpa

3 mai 2012 - 09h28
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Com a preocupação legítima de se lembrar de todos os momentos que passou com o primeiro filho, Mariana Zattoni - esquecida confessa -, resolveu iniciar um blog. Hoje, já com o segundo filho, além de recorrer aos registros quando tem alguma dúvida, ajuda muitas mães de primeira viagem que compartilham as mesmas aflições.

"Sentia-me culpada por ter colocado ele no mundo, sujeito a tantos sofrimentos¿, relata a mãe de primeira viagem Mariana Zattoni
"Sentia-me culpada por ter colocado ele no mundo, sujeito a tantos sofrimentos¿, relata a mãe de primeira viagem Mariana Zattoni
Foto: Shutterstock / Terra

Ela lembra que, no começo, quando Arthur (o primogênito) tinha cólicas, a culpa não tardava a chegar. "Sentia-me culpada por ter colocado ele no mundo, sujeito a tantos sofrimentos", diz. Quando o assunto é disciplinar os filhos - como a hora do castigo - Mariana também sente aquele aperto no peito, "completamente infundado", ela mesma pontua. Para ela, seria mais fácil relevar as traquinagens e não impor limites, mas nessas horas a culpa só atrapalha. "Acredito que se a culpa nos levar a uma frequente reflexão de nosso papel como pais e educadores ela pode ser benéfica", conclui.

Erro é compreensível

A psicóloga Comportamental da Estímulo Consultoria, Paula Pessoa Carvalho, conta que muitas vezes já ouviu de mães de primeira viagem que gostariam de ter um manual de como agir. "A mulher tem que saber que errar é compreensível e a culpa também faz parte desse momento, que é tão bom e tão difícil, mas não somos perfeitos, nem as mamães", afirma.

Durante a gravidez, Mariana tinha medo do parto, mais para frente se questionava se saberia educá-los e essa lista de preocupações só cresceu assim que os pequenos faziam aniversário. A diferença é que as reflexões mudam de acordo com a fase que a família está passando.

Se for possível ter uma pessoa mais experiente com bebês - como as avós - para acompanhar os primeiros dias, a ansiedade tende a diminuir. Contratar uma babá também pode ser uma boa saída. O único porém é ficar atenta para que seu papel esteja bem estabelecido para a família. "Não é raro vermos a babá alimentando a criança, vestindo-a, colocando para dormir e brincando, a mãe precisa desempenhar esse pape"l, pontua a psicóloga.

Com uma ajuda, a mãe pode dormir um pouco e ficar mais segura. Isso é importante pois quanto mais tranquila a mãe está, mais leite ela produz, e o bebê, consequentemente, chora menos. "Os bebês sentem tudo, a tensão da mãe na vibração do sangue, na temperatura dela, e, consequentemente, fica mais agitado", ressalta o médico Luiz Fernando Leite ginecologista do hospital e maternidade Santa Joana.

Dicas

Anote algumas dicas do Dr. Leite de como as mães devem agir nos seguintes casos:

- O bebê chora muito

É importante tentar descobrir o motivo do choro. Primeiros passos: checar a fralda e verificar qual foi o horário da última mamada, pode ser que ele esteja com fome.

- O bebê tem cólicas

Da mesma forma, é preciso corrigir a causa dessa cólica. Pode ser refluxo, prisão de ventre e até alimentação inadequada da mãe - chocolate, café, muito leite, iogurte ou comida gordurosa.

- O bebê não pega o seio para mamar

Talvez seja preciso usar mamilo de silicone. Nesse momento também entra a paciência da mãe, saber como segurar. Normalmente o hospital ensina o passo a passo, mas às vezes não é o suficiente.

- O bebê não dorme à noite

Verifique se o ritmo da casa não está agitado para a criança - ruído, luz. Procure não discutir, a criança sente tudo. Não adianta apelar para o leite, o que é imprescindível é que uma pessoa calma fique com o bebê, dê carinho, deixe-o quente.

Confira o blog da Mariana Zattoni:

marianamaedeprimeiraviagem.blogspot.com.br

Coletânea Editorial

Especial para o Terra

Fonte: Terra
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