'Prima do alfajor' tem receita secreta e é sucesso em MG
A primeira e única fábrica de chocolates de Monte Verde, em Minas Gerais, chega a vender 5 mil Prímulas em um feriado de quatro dias; dono estima salto no número de clientes na próxima temporada
A receita é composta por duas bolachas, recheio de doce de leite e cobertura de chocolate. O proprietário da Gressoney, Gerson Godoy, até assumiu que o produto é um segmento do alfajor. No entanto, segundo ele, “comendo, não tem nada a ver”. Godoy se refere a um doce chamado Prímula, carro-chefe da empresa, vendido a R$ 5. “Em um feriado de quatro dias, chegava a vender 5 mil, isso com os estoques acabando o tempo inteiro”, calculou. Com a instalação de equipamentos de produção na unidade de Monte Verde, feita na Páscoa, Godoy estima um salto no número de vendas na alta temporada.
A lojinha da primeira e única fábrica de chocolates em Monte Verde (MG), fundada em 1978, está localizada no centro do distrito de Camanducaia, conta com mais de 100 tipos de chocolate, recheados com licores de sabores diversos e até pimenta. Mas a menina dos olhos da fábrica é mesmo a Prímula que, apesar de bastante parecida com o alfajor, tem sabor diferente. “É uma criação dos antigos donos da empresa que vieram da Itália. Em viagens, eles provaram, pegaram a receita 'secreta' e começaram a fazer”, contou.
A produção de uma série de Prímulas leva três dias, explicou Godoy, contando um para a preparação das bolachas, o segundo para o recheio e outro só para embalar. A Gressoney usa máquina que consegue cobrir com chocolate 4 mil Prímulas por hora, os outros processos, porém, ele optou por continuar no segmento artesanal. “É um diferencial”, justificou.
A base de chocolate para os produtos é fornecida por uma empresa especializada. Ao chegar à Gressoney, segundo Godoy, acontece um “tratamento especial” para ficar nos padrões da fábrica. “Temos duas lojas por enquanto, mas até o ano que vem vou abrir a terceira, em Bragança Paulista”, adiantou.
