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ONG cria banco de perucas e muda a vida de 700 mulheres

8 mai 2014 - 13h00
(atualizado às 14h34)
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Criada em 2010 por três irmãs, uma delas com câncer, a Fundação Laço Rosa – instituição sem fins lucrativos sediada no Rio de Janeiro – vem transformando a vida de centenas de mulheres, por meio de um serviço providencial: o Banco de Perucas Online. O projeto de doação gratuita de perucas pela internet para pacientes em quimioterapia já atendeu 700 mulheres em todo o País, com idades entre 17 anos e 68 anos. Até o final de 2014, a meta é chegar a 1.000 pacientes. O Laço Rosa, que inspirou o nome, é o símbolo internacional da luta contra o câncer de mama no mundo.

“Temos, em média, 30 novos pedidos de perucas por mês. Atendemos qualquer mulher na faixa etária de 16 anos a 95 anos, com qualquer tipo de câncer, principalmente, o de mama. Os dois Estados que mais pedem perucas são Rio de Janeiro e São Paulo, seguidos de Minas Gerais”, diz Marcelle Medeiros, presidente da ONG. 

A ideia é resgatar autoestima das mulheres, visto que a peruca pode custar entre R$ 250,00 a R$ 4000,00 e nem todas podem pagar. Os cabelos para doação precisam estar secos, medir a partir de 20 cm, estarem amarrados com elástico na hora do corte e devem separar a ponta da raiz. A ONG conta ainda com um visagista, profissional que indica que tipo de corte, cor e modelo mais adequado à paciente. 

“O afeto recebido fortalece a pessoa na hora do tratamento. As pessoas, quando fazem doação de perucas, cabelos, materiais ou financeira, gostam de escrever um bilhetinho e dizer o porquê estão fazendo isso”, explica Marcelle.

“Tenho o câncer de mama e a peruca melhorou bastante minha autoestima. Comecei a me arrumar mais, me maquiar também, isso foi fundamental para eu ter mais vontade de sair de casa. As pessoas olham apenas para nossa condição física, mas ninguém pensa como é importante o nosso psicológico”, diz a fluminense de Itaboraí, Manuela Nygaard, 30 anos, criadora do blog Era Uma Vez Um Câncer e usuária do Banco de Perucas Online.

Como tudo começou

A inspiração para a criação da instituição começou ainda em 2007, quando a carioca Aline Lopes, com 33 anos e grávida do primeiro filho, descobria e iniciava a sua batalha contra um câncer de mama. Ela então desenhou o projeto da Fundação Laço Rosa com as irmãs Andrea Ferreira e Marcelle Medeiros, concretizado em outubro de 2010. Aline se foi um mês depois. 

“O espírito alegre dela, a gente carrega e tenta manter vivo na instituição. É um dos principais legados que a gente quer deixar: a positividade o alto astral, apesar das circunstâncias e da dificuldade da doença”, finaliza Marcelle.

Fonte: Dialoog Comunicação
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