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Entenda como dar atenção aos seus pais em qualquer idade

18 jul 2014 - 10h13
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O artista plástico Betu Cury (de branco) tenta estar sempre presenta na vida e na história da mãe, Dona Ana (terceira da direita para esquerda). Quando estou longe, faço uma ligação por dia, porque sei que é importante pra ela e essencial para estreitar nossos laços
O artista plástico Betu Cury (de branco) tenta estar sempre presenta na vida e na história da mãe, Dona Ana (terceira da direita para esquerda). Quando estou longe, faço uma ligação por dia, porque sei que é importante pra ela e essencial para estreitar nossos laços
Foto: @betu.cury/Facebook / Reprodução

Em sua maioria, os pais esperam que seus filhos sejam companheiros, saibam conversar, os atendam, mostrem respeito e saibam conviver de forma harmoniosa. Mas é fato que seu amor incondicional quase nunca fica satisfeito com o tempo que lhes dedicamos. “Por isso, é importante encontrarmos formas de nos fazermos presentes, mesmo estando longe”, garantem os especialistas.

E, nesse sentido, alguns gestos, por menores que possam parecer, fazem toda a diferença. “A partir do momento em que os filhos começam a adquirir autonomia, os pais vão ficando cada vez mais na retaguarda. Nessas horas, é preciso reforçar os sinais de afeto em relação a eles. Com as crianças é diferente, depende muito da atitude que os pais têm em relação a elas em termos de afeto”, explica a professora e terapeuta familiar Rosa Macedo, 80 anos.

O artista plástico e professor Betu Cury, 55 anos, por exemplo, tenta estar sempre presente na vida e na história da mãe, principalmente depois da perda do pai, há dois anos. “A minha maneira de demonstrar afeto pode até ser considerada um pouco lúdica. Quando ela fez 70 anos (hoje ela está com 78 anos), decidi que iria sempre estimular seu raciocínio e sua memória para que ela mantivesse o cérebro ativo. Isso resulta em muita brincadeira e risadas. É dessa forma que a gente se trata, com bom humor, descontração e respeito.”

A pequena Isabela Hutzler, dez anos, por sua vez, se expressa por meio de gestos e atitudes aprendidas dentro de casa. “Eu abraço meus pais e falo ‘eu te amo’. Da mesma maneira que eu sou carinhosa com eles, eles também são comigo.”

A terapeuta familiar Rosa Macedo lembra que “as meninas, em geral, mantêm mais essa atitude, porque gostam mais de abraçar e beijar”. “São manifestações comportamentais claras que, evidentemente, não excluem a questão da boa convivência.”

A tecnologia como ferramenta de aproximação

Betu Cury diz que passa uma parte de sua semana em São Paulo e outra parte em Sorocaba, no interior, onde vive sua família. Quando lá está, ele almoça com a mãe, toma um café, conversa e, muitas vezes, ainda fala por telefone. “Quando estou fora, faço pelo menos uma ligação por dia, porque sei que é importante pra ela e é essencial para estreitar ainda mais os laços entre mãe e filho. Independente de onde estiver, nós estamos sempre em contato.”

A pequena Isabela Hutzler (no centro) se expressa por meio de gestos e atitudes aprendidas dentro de casa. Eu abraço meus pais e falo eu te amo. Da mesma maneira que eu sou carinhosa com eles, eles também são comigo
A pequena Isabela Hutzler (no centro) se expressa por meio de gestos e atitudes aprendidas dentro de casa. Eu abraço meus pais e falo eu te amo. Da mesma maneira que eu sou carinhosa com eles, eles também são comigo
Foto: Felipe Weiger / Divulgação

Isabela acredita que falar com os pais virtualmente quando eles estão longe de casa ajuda a diminuir a saudade. “Quando estamos todos juntos, aproveitamos para ir ao clube do lado de casa, ao shopping, jogar um jogo de tabuleiro. Quando não estamos, falar pela internet e celular ajuda bastante”, confessa.

Como conselho, a terapeuta familiar Rosa Macedo indica aos filhos “lembrar-se das datas comemorativas, procurar pelos pais, fazer reuniões de almoço, manter uma proximidade física e dar atenção”. “Nossos pais também querem ter a segurança de que estamos aqui pro que der e vier”, ensina.

Fonte: Dialoog Comunicação
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