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Injeção para aumentar ponto G pode tirar sensibilidade, dizem especialistas

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Melhorar a vida sexual, com a possibilidade de orgasmos múltiplos, é o que promete um procedimento inventado pelo controverso ginecologista americano David Matlock, de Beverly Hills. Segundo ele, injeção de ácido hialurônico - utilizado para preencher sulcos e rugas – no ponto G feminino faz com que ele aumente e dê mais prazer. Mas especialistas desencorajam pacientes, apontam falta de estudos e alertam sobre possível efeito contrário. Os dados são do jornal Daily Mail.

O primeiro ponto de críticas é que ainda se debate a existência do ponto G, uma área de tecido sensível na parede frontal da vagina
O primeiro ponto de críticas é que ainda se debate a existência do ponto G, uma área de tecido sensível na parede frontal da vagina
Foto: Getty Images
 
Matlock oferece um curso de três dias de duração sobre a técnica e cerca de 200 médicos de todo o mundo já apostaram nele. O Glancey Medical Associates, em Essex, nos Estados Unidos, é um dos locais que oferecem a tal injeção e já realizou 150 procedimentos. O proprietário da clínica, Lucy Glancey, tomou conhecimento do assunto em uma conferência médica em que Matlock palestrou. “Estava interessado. Por isso, desenvolvi minha própria técnica, que testei em voluntários de meu banco de dados de pacientes regulares. Dessa forma, podia ter certeza de que eles tinham boa mente, sem problemas psicológicos. Avaliei os resultados e encontrei um alto índice de satisfação”, disse Glancey.
 
Um estudo piloto, encomendado e muitas vezes citado por Matlock, indica que a injeção foi bem sucedida em 87% das mulheres. No entanto, verificou-se que o levantamento, que nunca foi publicado, contou com apenas 20 pacientes, o que significa que entre 17 e 18 mulheres admitiram maior satisfação sexual. O valor do procedimento varia de £ 500 (cerca de R$ 1.564) a £ 1000 (R$ 3.128), dependendo da clínica, e deve ser refeito entre quatro e seis meses. 
 
O primeiro ponto de críticas é que ainda se debate a existência do ponto G, uma área de tecido sensível na parede frontal da vagina. Fora isso, o professor Petra Boynton, da Universidade College de Londres, na Inglaterra, descreve o procedimento como “sem fundamento por qualquer pesquisa séria”. O cirurgião plástico Paul Banwell, membro da Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos Estéticos, afirma que não se sabe o suficiente sobre os possíveis efeitos colaterais, como cicatrizes e redução da libido com o tempo.  
 
Outra questão de debate é que, se o ponto G é uma coleção de terminações nervosas sensíveis, você não pode torná-la maior com enchimento. Os médicos ainda ressaltam que, quando se estica carne ou pele, normalmente a torna menos sensível, até entorpecida. 
 

Fonte: Ponto a Ponto Ideias Ponto a Ponto Ideias
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