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Associação fornece atendimento sexual a deficientes; entenda

24 mar 2014 - 20h30
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Serviço ainda sofre por não ser considerado legal em alguns países
Serviço ainda sofre por não ser considerado legal em alguns países
Foto: Getty Images

Francesc Granja não consegue sair da cama e abre a porta com a ajuda de um interruptor.  Ele vive em Barcelona, em um apartamento adaptado à sua deficiência causada por um acidente de carro há 20 anos, que o deixou sem movimentos do pescoço para baixo. Farm recebe a visita de Maria Clemente, uma psicóloga especializada em reabilitação neurológica, e Eva*, assistente sexual. Granja é presidente da associação sem fins lucrativos Tandem Team, que se dedica às deficiências sexuais por meio de assistência voluntária. As informações são do jornal El País.

Os três debatem o caso de o deficiente se apaixonar pela terapeuta sexual e dizem que a relação precisa ser sincera e honesta em relação à impossibilidade de envolver sentimentos. O conselho é não atender pessoas que estejam psicologicamente dependentes, para evitar decepções. Em 50% dos casos, não há relação sexual, muitos querem apenas ver um corpo nu ou acariciá-lo. 

Lau*, 38 anos, estudou enfermagem e medicina veterinária e é uma das terapeutas sexuais da instituição. Ela afirmou que o paciente sabe sobre os limites fixados em relação às práticas sexuais e que não existe apenas a sexualidade genital. Um dos pacientes dela teve encontros e conseguiu reavivar sentimentos que achava que já estavam mortos.

A associação tem 45 membros e foi fundada em outubro de 2013. A Tendem não cobra nada pelo serviço de atendimento, mas os membros costumam acertar um valor de R$ 160, pelo deslocamento, gastos com jantar e outros, segundo Eva. O sustento da associação acontece por doações de Granja. “A deficiência é considerada assexuada, mas não é", disse Granja. O serviço sofre com a legislação de alguns países que não consideram a atividade legal. 

*Os nomes verdadeiros foram preservados. 

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Fonte: Terra
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