PUBLICIDADE

Células-tronco estão em fase de teste em humanos

19 mar 2010 - 11h41
Compartilhar

Patricia Zwipp

O assunto já foi  mencionado na novela <i>Viver a Vida</i> com a personagem de Alinne Moraes
O assunto já foi mencionado na novela Viver a Vida com a personagem de Alinne Moraes
Foto: Divulgação

Ainda não existe técnica cirúrgica que possa curar a lesão que levou à paraplegia ou tetraplegia. Acredita-se que avanços na engenharia genética em relação às células-tronco tragam algumas esperanças no futuro. O assunto já foi inclusive mencionado na novela Viver a Vida.

» Siga o Terra no Twitter

» vc repórter: mande fotos e notícias

» Chat: tecle sobre a notícia

As células-tronco têm como principal característica a possibilidade de, ao se dividir, dar origem a qualquer tipo de célula do organismo. São retiradas principalmente da medula (utilizadas desde 1968 em tratamentos de doenças do sangue, como leucemia) e do sangue do cordão umbilical.

"As embrionárias não são fonte de tratamento, apenas de estudo. As outras células-tronco são mais restritas. As retiradas de um dente só podem corrigir problemas de dente, assim como acontece com as da pele, dos olhos", disse Carlos Alexandre Ayoub, clínico e diretor do Centro de Criogenia Brasil (CCB), empresa que coleta e preserva células-tronco do cordão umbilical.

A paraplegia e a tetraplegia estão na lista de patologias que eventualmente poderão ser tratadas. Os procedimentos estão em fase experimental em humanos, segundo Ayoub.

As células-tronco são injetadas diretamente na lesão e a ideia é que se transformem em neurônios, voltando a fazer a ligação interrompida.

"Há testemunhos de pacientes que conseguiram andar se segurando em um apoio, voltaram a sentir calor, frio e dor. Nunca se fala em cura total, mas em recuperação."

Para utilizá-las, é preciso que sejam compatíveis. Pensando nisso, algumas pessoas decidem armazenar o sangue do cordão umbilical dos filhos, que é 100% compatível com eles e ainda tem chances altíssimas de compatibilidade com pais e irmãos.

"Há uma série de 300 doenças que poderão eventualmente ser tratadas e os procedimentos se encontram em fase experimental, como esclerose múltipla, Alzheimer, Parkinson, diabetes, infarto, insuficiência cardíaca, derrame, cirrose. Se tivesse um infarto, por exemplo, e aplicasse células-tronco em 72 horas, resolveria o problema. Para tetraplegia, pode-se usar as próprias células da medula do paciente."

Caso guarde em bancos públicos de células-tronco, a amostra fica disponível a toda a população. No caso dos particulares, é exclusiva e o valor do processo de coleta e congelamento é de R$ 3.900 (que pode ser dividido em dez prestações) e, o da manutenção anual, R$ 550, no CCB.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade